Comitê de Estado-Maior Operacional Conjunto

O Comitê de Estado-Maior Operacional Conjunto (em francês: Comité d’état-major opérationnel conjoint), também conhecido pela sigla Cémoc,[1] é um órgão criado em abril de 2010 no qual participam Argélia, Mali, Mauritânia e Níger para coordenar a cooperação militar e realizar operações militares conjuntas para lidar com o tráfico de armas pesadas, tráfico de drogas, sequestros e a instabilidade da região do Sahel.[2]

Tem a sua sede em Tamanrasset, no sul da Argélia, e um centro de informação em Argel.[3]

Foi estabelecido para realizar uma reunião semestral.

Contexto

Depois de enfrentar uma guerra civil e a ascensão do terrorismo islamista na década de 1990, a Argélia desconfia do papel da França como antiga potência colonizadora na luta contra o terrorismo no Sahel e questiona sua presença militar na área.[3][4] Tampouco aceita envolver Marrocos com quem mantém aberta uma disputa pela liderança no Magrebe tendo como pano de fundo o conflito no Saara Ocidental.[3]

Crítica

Frequentemente nos meios de comunicação franceses destaca-se a falta de eficácia desse órgão, o que contrasta com a criação em 2014 do G5 do Sahel, do qual a Argélia não participa.[5]

Referências

  1. «Lutte contre le terrorisme dans le Sahel: le Cémoc prône une coopération commune effective» (em francês). RFI. 22 de novembro de 2011 
  2. «Crise du Nord : Prises d'otages par les groupes terroristes : Les ministres adhèrent à la criminalisation du paiement de rançons». www.maliweb.net. Cópia arquivada em 25 de maio de 2011 
  3. a b c «Les enlèvements au Mali illustrent l'échec de la coopération militaire au Sahel» (em francês). Slate Afrique. Cópia arquivada em 16 de agosto de 2017 
  4. «Divergences franco-algéiennes sur la gestion du terrorisme au Sahel. Lyad Ag Ghali, le dossier que fâche». www.lesoirdalgerie.com. 21 de maio de 2017 
  5. «La sécurité au Sahel se construit sans l'Algérie : jusqu'à quand ?» (em francês). Le Monde.fr. 24 de março de 2016. ISSN 1950-6244