Série 2550 da CP
Série 2550 | |
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Locomotivas 2560 e 2557, junto ao terminal Somincor. | |
Descrição | |
Propulsão | Elétrica |
Locomotivas fabricadas | 20 |
Tipo de serviço | Linha |
Características | |
Bitola | Bitola ibérica |
Operação | |
Ano da entrada em serviço | 1963-1964 |
Ano da saída do serviço | 2009 |
Situação | Fora de serviço |
A Série 2550 é um tipo de locomotiva, que foi utilizada pela operadora ferroviária Caminhos de Ferro Portugueses e pela sua sucessora, Comboios de Portugal.
História
Produção e entrada ao serviço
Estas locomotivas foram fabricadas em Portugal,[1] por um consórcio entre o Groupement d`Étude et Electrification des Chemins de Fer en Monophasé 50 Hz e as Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas.[2] As caixas foram construídas em aço inoxidável canelado, nas instalações da Amadora da SOREFAME, com licença da Budd Company, para reduzir os pesos mortos, e para que o design das locomotivas ficasse semelhante às carruagens metalizadas da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, produzidas por aquela empresa americana.[3][2] Estas foram as primeiras locomotivas no mundo a utilizar este método de construção nas caixas.[3] Os bogies foram produzidos em Portugal, mas foram planeados na Alemanha, pela casa Henschel Werke.[2] As locomotivas foram introduzidas entre 1963 e 1964,[3][2] para assegurar os serviços nas linhas que foram electrificadas, no âmbito da segunda fase do programa de electrificação.[2] Foram colocadas nos principais serviços de passageiros entre Lisboa e o Porto, como o Foguete.[3]
Junto com as locomotivas da Série 2500, constituíam o parque de locomotivas a tracção eléctrica da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, em finais de 1965.[1]
Abate ao serviço
Em 1974, as locomotivas da Série 2600 começaram a entrar ao serviço, levando ao progressivo afastamento da Série 2550 dos comboios de passageiros, passando a ser principalmente destacadas para rebocar composições de mercadorias, junto com as locomotivas da Série 2500.[3] Um outro motivo para abandonarem os serviços de passageiros foi a perda de estabilidade nos sistemas de suspensão, quando circulavam a velocidades próximas dos 100 Km/h.[3] Os últimos comboios de passageiros feitos por estas locomotivas foram realizados na década de 1990.[3]
Em 1994, as cabines da locomotiva número 2565 foram pintadas de encarnado, para testar o novo esquema de cores que a operadora Caminhos de Ferro Portugueses pretendia introduzir nas suas locomotivas.[4] Apesar do esquema requerer que o corpo da locomotiva fosse pintado de cinzento, em contraste com as cabinas encarnadas, decidiu-se neste caso que o corpo ficaria sem pintura, com a cobertura em aço original.[4] Este esquema foi posteriormente aplicado a todas as outras locomotivas da mesma série.[4] As últimas unidades foram abatidas ao serviço após a introdução das locomotivas da Série 4700, em 2009.[3]
Descrição
Esta série era constituída por vinte locomotivas elétricas, numeradas de 2551 a 2570.[5] Eram do tipo Bo Bo – 2500, para serviço de linha, em vias de bitola ibérica.[6][7]
A configuração dos rodados era em Bo’Bo’[6][1], e a tensão utilizada era de 25kV 50Hz.[6][1] Cada veículo contava com quatro motores de tracção, do tipo TAO–645 A1 da Alstom; cada motor contava com 187 CV de potência, sendo 560 CV disponíveis para utilização.[3][6] A potência nominal era de 2053 kW ou 2790 CV[6] O esforço de tracção, no arranque, era de 185 kN.[6] A velocidade máxima era de 120 km/h, sendo a velocidade correspondente ao regime contínuo de 62 km/h.[2][6] O peso em ordem de marcha era de 70,5 t.[6][2]
Ficha técnica
- Características de exploração
- Ano de entrada ao serviço: 1963 - 1964[6][2]
- Ano de saída ao serviço: 2009[3]
- Número de unidades construídas: 20 (2551–2570)[6][2][7]
- Tipo de serviço: Linha[7]
- Dados gerais
- Bitola de Via: 1668 mm[6]
- Tipo de tracção: Elétrica[7]
- Tensão: 25kV 50Hz[6]
- Tipo de locomotiva (construtor): Bo Bo – 2500[6]
- Disposição dos rodados: Bo’Bo’[6][1]
- Diâmetro das rodas (novas): 1300 mm[6]
- Transmissão
- Tipo: Hidráulica[3]
- Fabricante: Alsthom[3]
- Motores de tracção
- Fabricante: Alsthom - Siemens[3]
- Potência: 698 CV (por motor)
- Potência nominal (rodas): 2053 kW / 2790 CV[6]
- Quantidade: 4[6]
- Tipo: TAO–645 A1[6]
- Partes mecânicas
- Características de funcionamento
- Velocidade máxima: 120 km/h[6]
- Velocidade correspondente ao regime contínuo: 62 km/h[2]
- Esforço de tração:
- No arranque: 185 kN[6]
- Pesos
- Condições:
- Peso em ordem de marcha: 70,5 t[6][2]
- Condições:
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e «Otros países, otras noticias». Via Libre (em espanhol). Ano 2 (24). Madrid. 1 de Dezembro de 1965. p. 24
- ↑ a b c d e f g h i j k «Otros países, otras noticias». Via Libre (em espanhol). Ano 1 (12). Madrid. 1 de Dezembro de 1964. p. 24
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n CUNHA, João (5 de Junho de 2006). «Locomotivas Elétricas de Via Larga da Série 2550». Transportes XXI. Consultado em 27 de Julho de 2012
- ↑ a b c BRAZÃO, Carlos (1994). «Noticias». Maquetren (em espanhol). Ano 3 (21). Madrid: Resistor, S. A. p. 63
- ↑ MARTINS et al, 1996:99
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u «Série 2500». Caminhos de Ferro Portugueses. Consultado em 14 de Abril de 2020. Arquivado do original em 21 de Abril de 1999
- ↑ a b c d «CP withdrawn locomotives» (em inglês). Railfaneurope. 11 de Janeiro de 2020. Consultado em 14 de Abril de 2020
Bibliografia
- MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
Ligações externas
- «Página com fotografias das locomotivas da Série 2550, no sítio eletrónico Railfaneurope» (em inglês)
- «Página da Série 2550, no sítio eletrónico Trainspo» (em inglês)
- «Página sobre a Série 2550, no sítio eletrónico Trainlogistic»
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Tipologia ↓ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo | elétrica: IP: 25 kV / 50 kHz ou (*) 1500 V; outras redes q.v. | ← Tracção | ||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço (ou uso ocasional) | em serviço | Bitola ↓ | ||||||||
Rede IP (Notas: A itálico, séries com uso partilhado entre a C.P. e outras empresas, simult. ou não; a itálico sublinhado, séries usadas exclusivamente por outra empresa.) | ||||||||||||
automotoras | “592” | remodelados | M1 0050 0100 0500 0750 0600 0650 | 1001 Z1 | 2000 2050 2080 ABm1-18→ | remodelados | 2300 2400 3400 3500 4000 | 1668 mm (ibérica) | ||||
VIP⎱ 0350⎰ 0450← | ←0300 ←0400 | 2100⎫ 2150⎬ 2200⎭ ⎰*3100→ ⎱*3200→ | →2240 →3150* →3250* | |||||||||
9630 | 9500← | ←9700─╮ 9400←╯ | ME1 ME21 9050 9100 9300 9600 | (Vale do Lima) | (não existe atualmente tração elétrica na rede ferroviária métrica da IP) | 1000 mm (métrica) | ||||||
locomotivas | 9000 9020 Lydya |
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1200 1400 1500 1520 1900 1930 6000 | 1300 1320 1550 1800 1960 |
| 2500 2550 3300* | 2600 2620 4700 5600 | 1668 mm (ibérica) | |||||||
locotratoras | 1150 | 1000 1020 1050 1100 | 005 | |||||||||
Redes locais (excl. sistemas de frota fixa específica, como funiculares e teleféricos) | ||||||||||||
bondes |
| STCP200 STCP270 STCP280 | 1435 mm (padrão) | |||||||||
automotoras | ML7 ML79 | ML90 ML95 ML97 ML99 ML20 ML24 | ||||||||||
LRVs, articulados | MP000 MP100 MP200 C000 | |||||||||||
CCFL501 CCFL601 | 900 mm | |||||||||||
bondes | TUB1 |
| CCFL001 CCFL003 CCFL005 CCFL541 CCFL701 CCFL737 | |||||||||
(PdV-VdC) | (CCFTNA) (CFPLER) | SMTUC01 SMTUC03 SMTUC16 | (CSA) | 1000 mm (métrica) | ||||||||
locomotivas | CSA 23074 | (Pomarão) | ||||||||||
(Transpraia) (P.d’El-Rei) | (Mira) (CFPL) | 600 mm | ||||||||||
(JAPH) N0(JAPPD) | 2140 mm | |||||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço | em serviço | Bitola ↑ | ||||||||
Tipologia ↑ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo | elétrica | ← Tracção | ||||||||
Ver também: Linhas • Serviços • Empresas • Multimédia • Acidentes |
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